Os cigarros electrónicos são um dispositivo concebido para replicar o comportamento fumador sem recorrer ao uso do tabaco. Têm acoplado uma bateria e podem assemelhar-se aos cigarros convencionais ou ter um aspecto mais electrónico.
Em vez de libertarem o fumo característico do tabaco, os cigarros electrónicos, libertam vapor de nicotina e o seu uso tem crescido grandemente em todo o mundo, com mais de 1,3 milhões de utilizadores em 2013.
O cigarro electrónico é constituído por três partes: bateria, atomizador e cartucho. O cartucho contém nicotina suspensa em glicol ou água e quando o utilizador fuma o líquido de nicotina é aquecido pela bateria para que possa evaporar e transportar esta substância directamente aos pulmões.
Apesar de não ser produzido fumo, o que beneficia os fumadores passivos, uma parte do vapor inodoro é libertada para o ambiente à medida que o utilizador expira.
O acto de levar o cigarro à boca, ainda que este seja electrónico, permite ao utilizador habituar-se mais facilmente a este dispositivo do que às pastilhas ou adesivos, que apesar de fornecerem nicotina ao organismo, não imitam o acto de fumar, tornando este hábito mais difícil de superar.
Apesar de o papel dos cigarros electrónicos na cessação tabágica não estar bem esclarecido, muitas pessoas usam estes dispositivos como um auxílio para deixar de fumar, enquanto outras os usam apenas para evitar o fumo produzido pelos cigarros normais.
Segundo um artigo publicado na revista Addiction, os cigarros electrónicos são mais eficazes do que as pastilhas ou os adesivos de nicotina no que diz respeito a ajudar as pessoas a deixar de fumar.
A União Europeia pretende actualizar a Directiva de Produtos Tabágicos para que os cigarros electrónicos possam ser incluídos na categoria de agentes nicotínicos e possam ser comercializados com avisos para a saúde. Desta forma, os cigarros electrónicos terão de ser comercializados como produtos médicos e com restrições de idade.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou numa das suas reuniões para o perigo dos cigarros electrónicos, classificando estes dispositivos de nicotina como uma ameaça. Por outro lado, um grupo de 53 cientistas da Europa, América do Norte, Ásia e Austrália, escreveram uma carta aberta à OMS, insistindo que os cigarros electrónicos são uma alternativa aos cigarros normais com riscos reduzidos e são parte da solução para deixar de fumar, afirmando mesmo que estes produtos podem ser um das mais significantes descobertas do século XXI.
Actualmente os cigarros electrónicos permanecem por regular, não obedecendo à lei do tabaco em vigor na maioria dos locais públicos. Por enquanto é legal o uso de cigarros electrónicos em locais públicos por estes não emitirem fumo, visto que apenas é libertado vapor. Porém, a evidência sobre este tipo de dispositivos ainda permanece pouco clara, sendo necessários mais estudos para comprovar os seus riscos e benefícios.