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A candidíase vulvovaginal é uma infeção bastante comum entre as mulheres. Estima-se que cada mulher experiencie esta infeção pelo menos 4 vezes em toda a sua vida. No entanto, a probabilidade de esta acontecer é maior durante a gravidez.
A vagina é um órgão genital de ambiente húmido, que é assegurado pelo muco cervical secretado no colo do útero. Esta humidade, associada à temperatura corporal, pode ser interessante para o crescimento de determinados microorganismos patogénicos, mas as infeções são raras uma vez que este órgão dispõe de uma barreira de defesa natural. Essa é constituída principalmente por bactérias benéficas do género Lactobacillus, que competem com os potenciais patogéneos e auxiliam na limpeza e eliminação de resíduos desde órgão. A manutenção de quantidades adequadas destas bactérias é garantida pelo pH vaginal ácido (entre 3,8-4,2) e pela concentração de glicose neste órgão.
O equilíbrio desta barreira pode ser afetado por várias doenças, como por exemplo a diabetes, mas também por variações hormonais durante o ciclo menstrual, a menopausa ou a gravidez.
Durante a gravidez ocorre uma elevação dos níveis de estrogénio, o que por sua vez leva a um aumento da concentração de glicose na superfície da vagina. Nestas condições, o crescimento de microorganismos é propiciado, entre os quais os fungos do género Candida, que são bastante prevalentes no ambiente que nos rodeia, e em pequenas concentrações, também na flora normal vaginal. Por isso, perante esta alteração, podem crescer facilmente e infetar a vagina da mulher grávida, sobretudo a partir do segundo trimestre.
A candidíase vulvovaginal resulta do aumento do crescimento destas leveduras desde o interior da vagina até atingir a vulva, no exterior.
Na maioria das vezes ocorre infeção por Candida albicans (80-90% dos casos) , podendo ocorrer também infeções por Candida glabrata ou Candida tropicalis ainda que menos frequentemente.
A candidíase caracteriza-se por uma sensação de prurido ou irritação na vagina e na vulva, que tende a piorar durante a micção. Por vezes pode ser acompanhada de uma ligeira secreção vaginal de alguma consistência mas sem qualquer cheiro. A vulva pode apresentar-se inflamada, e por vezes é possível visualizar colónias brancas na progressão para a vagina. Esta infeção pode comprometer as relações sexuais, uma vez que a mulher vulgarmente sente dor e desconforto. Contudo, em algumas mulheres a candidíase pode ser assintomática.
O diagnóstico é fácil e consiste na recolha de amostras de conteúdo vaginal pelo médico. Pode realizar-se um diagnóstico clínico, com base na sintomatologia e na observação de colónias de leveduras, ou um exame microscópico que é rápido, fácil e barato de realizar.
A introdução de alguns hábitos na rotina diária pode prevenir eficazmente o aparecimento de infeções fúngicas, mas também bacterianas:
Os sintomas da candidíase vulvovaginal desaparecem num curto período de tempo mas são mais difíceis de tratar durante a gravidez, o que resulta no seu prolongamento.
Geralmente estas infeções não afetam minimamente a saúde da mãe ou do bebé, a menos que esta não esteja tratada aquando do parto natural. Nesse caso, e se não forem tomadas as devidas precauções pela equipa médica, o bebé poderá contrair a infeção por via oral e/ou ocular, entre outras.
Por outro lado, se negligenciada, a candidíase pode progredir até ao útero, e nesse caso tornar-se problemática. No entanto, há pouca probabilidade de tal acontecer uma vez que os sintomas da infeção avançada são muito incómodos e quase sempre motivam a grávida a procurar um médico.
O tratamento consiste no uso de antifúngicos imidazólicos ou de nistatina, que controlam a infeção e minimizam a probabilidade de recorrências. Os antifúngicos podem ser utilizados sob a forma de creme ou pomada ou por via oral, em função do quadro clínico.
Também podem ser prescritos corticosteróides, úteis na redução da comichão e da vermelhidão, e antissépticos em alternativa aos antifúngicos, embora esta seja uma opção menos comum.
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