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A clamídia é a infecção bacteriana sexualmente transmissível mais comum nos países desenvolvidos. Sua taxa de incidência é maior principalmente entre adultos jovens, com frequentes mudanças de parceiros sexuais.
Estudos sobre a clamídia demonstraram que o comportamento sexual específico dos mais jovens possibilita a maior transmissão da infecção, havendo grande dificuldade em conter sua proliferação principalmente em razão da troca de parceiros sexuais.
Os estudos sobre a clamídia são tema constante dos profissionais responsáveis pela saúde pública, sendo resultado de levantamento em diversos países, apresentando resultados que deixam claro que medidas preventivas devem ser adotadas no sentido de orientar os mais jovens com relação aos riscos provocados pela clamídia.
Um dos grandes problemas provocados pela clamídia é que a maior parte das infecções são assintomáticas, permanecendo latente e não diagnosticada entre a população contaminada.
Sua prevalência está entre os adultos, jovens e sexualmente ativos. Nas mulheres, a infecção pode chegar ao trato genital superior, provocando a doença inflamatória pélvica, problema que pode levar à infertilidade, gerar gravidez ectópica e dores pélvicas crônicas.
Desta maneira, é importante compreender que a clamídia pode ser facilmente transmitida de uma pessoa assintomática para uma sã, procurando meios de prevenir essa possibilidade, reduzir a incidência da clamídia e buscar ajuda médica para eliminar a bactéria.
Uma das principais razões para a transmissão da clamídia em tempos atuais é o início precoce da atividade sexual, complementada pela multiplicidade de parceiros, como, por exemplo, manter mais de um parceiro sexual em pouco tempo ou de forma concomitante.
Uma pessoa solteira está mais propensa a ser contaminada pela clamídia, principalmente quando não faz uso de preservativos nas relações sexuais.
O uso de contraceptivos também favorece a contaminação, uma vez que a mulher toma menos cuidado para não engravidar, descartando o uso de preservativos.
Outras possibilidades de contaminação para a clamídia são: o uso de ducha vaginal, a presença de ectopia cervical, o hábito de fumar, um histórico de DST e, principalmente, a falta de conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis, ou seja, fatores que são mais comportamentais e que se tornam de grande importância quando se trata de clamídia.
Um fator de risco que se mostra evidente nos estudos sobre a contaminação é a idade inferior a 20 anos. Um estudo realizado pela American Social Health Association, que investigou 1.115 adultos na faixa etária de 18 a 35 anos, buscando avaliar os conhecimentos e atitudes diante de doenças sexualmente transmissíveis, mostrou que pelo menos 45% dos solteiros não utilizam preservativos em relações sexuais esporádicas, enquanto que 93% delas acredita que parceiros sexuais, recentes ou atuais, não possuem qualquer tipo de doença sexualmente transmissível.
Apenas um em cada três pesquisados declarou conversar com os parceiros sexuais sobre DST, enquanto que menos de 50% conversa sobre o assunto com seu médico durante uma consulta. O estudo ainda demonstrou que 44% das pessoas não tem conhecimento sobre a possibilidade de transmissão de hepatite através de relações sexuais.
O contágio da clamídia exigiu muitos estudos durante a última década, oferecendo informações importantes sobre as formas como ocorre a contaminação, embora não se possa estabelecer um formalismo claro sobre o comportamento sexual.
As variantes são muitas, impossibilitando considerar apenas uma ou mais formas de comportamento que facilitam a contaminação pela clamídia. Os parâmetros para definir a duração de parcerias sexuais, a concorrência em busca de novos parceiros ou mesmo o comportamento característico das idades mais jovens não são fáceis de serem obtidas, o que não permite criar modelos matemáticos para compreender melhor o grande número de contaminações.
No Brasil foram realizados diversos estudos, em grupos populacionais diferenciados e com metodologias específicas para cada grupo, permitindo constatar que a incidência de clamídia é bastante variável, oscilando entre 2,1% e 31,5%.
Enquanto isso, nos Estados Unidos e no Reino Unido, levantamentos sobre infecção de clamídia em gestantes mostra incidência oscilante entre 2% e 47%. Em grupos onde há maior promiscuidade, os casos de infecção por clamídia chegam a 76%, também em gestantes.
O levantamento causou grande preocupação, uma vez que se tem conhecimento de que a infecção por clamídia apresenta um forte impacto sobre a saúde reprodutiva, em razão de suas complicações. Somente nos Estados Unidos, gasta-se anualmente cerca de 2,4 bilhões de dólares com tratamento para combate à clamídia.
Durante os primeiros anos do século XXI, estudos mostraram que, ainda nos Estados Unidos, houve um custo de 5,5 bilhões de dólares destinados ao tratamento da doença inflamatória pélvica aguda, decorrente de infecção pela clamídia e gonorreia, sem considerar nesses valores os danos e sequelas permanentes ocasionados pela contaminação, mesmo depois de efetivamente tratada.
Os especialistas ainda consideram que o levantamento de custos foi subestimado, em razão de muitas pessoas não apresentarem os sintomas da infecção pélvica (DIPA), o que dificulta a precisão diagnóstica e não permite chegar a valores absolutos sobre o custo para a saúde com a contaminação pela clamídia.
"Existem diversas maneiras de reduzir o risco de contrair a clamídia ou qualquer outra doença sexualmente transmissível, sendo a principal delas a informação e o conhecimento sobre as DSTs."
Entre as formas mais práticas de evitar a contaminação pela clamídia, vale considerar as seguintes:
Certamente a abstinência sexual é a forma que oferece mais garantia de não contrair a clamídia, embora, para muitas pessoas, possa ser uma maneira insensata de evitar os ricos provocados por uma atividade sexual.
Contudo, é preciso lembrar que a abstinência não é uma forma insensata e sim uma escolha de qualquer pessoa, evitando contato sexual com parceiros temporários ou levando uma vida mais promíscua.
Uma pessoa que pratique a abstinência sexual não indica que a pessoa não tenha vontade de fazer sexo e sim de escolher com quem quer fazer, optando, possivelmente, por um relacionamento mais estável e duradouro.
Uma pessoa que se abstém sexualmente de contato com outras não corre qualquer risco de contrair a clamídia e quem não respeitar essa vontade, evidentemente, está demonstrando que pode não ser um bom parceiro sexual.
A abstinência também pode ser considerada seletiva, limitando-se a manter relações sexuais com pessoas com quem tenha afinidade e de quem tenha conhecimentos mais profundos, sabendo que não irá correr o risco de ser contaminada, ao mesmo tempo em que pode usufruir dos prazeres oferecidos por uma vida sexual ativa.
Manter relações sexuais com um parceiro fixo, ou, como é considerada, uma monogamia mútua, é uma das melhores formas de evitar a contaminação pela clamídia ou por qualquer outra doença sexualmente transmissível.
Quando nenhum dos parceiros mantém contato sexual com outras pessoas, não há qualquer risco de contaminação. Assim, para manter uma vida sexual ativa e satisfatória, basta que as pessoas procurem se dedicar uma à outra, sem receios e sem medos.
Nesse caso, é importante lembrar que, no início de um relacionamento, sempre é bom passar por testes clínicos para verificar a existência ou não de infecções assintomáticas, como é o caso da clamídia, evitando problemas futuros.
Uma das formas de evitar contaminação pela clamídia ou por outra DST está certamente na comunicação. Conversar com o parceiro sobre doenças sexualmente transmissíveis, sobre saúde sexual e sobre prevenção é importante para entender e buscar meios de evitar o contágio.
A comunicação franca e aberta traz aos parceiros sexuais maior confiança e respeito, sendo este um fator essencial para a redução de riscos de contaminação e, além disso, é necessário também conversar com o médico sobre as próprias práticas sexuais ou para fazer testes preventivos.
Fazer teste é importante sempre que houver qualquer dúvida. É uma forma prática e consciente de evitar riscos e de levar uma vida mais saudável e tranquila.
Existem atividades complementares ao sexo que oferecem baixo risco de contaminação, como o beijo e o contato da mão com a área genital. Atividades de maior risco incluem o sexo oral (genital ou anal), as relações sexuais vaginais e outros contatos genitais, além de relações anais e compartilhamento de brinquedos sexuais.
O uso de preservativos pode reduzir o risco de contrair clamídia ou outra doença sexualmente transmissível, sendo de grande importância, principalmente quando não se conhece mais a fundo o parceiro sexual.
O uso de bebidas alcoólicas e drogas recreativas consegue reduzir o risco de contrair a clamídia ou outra DST, principalmente porque substâncias como álcool e drogas psicoativas reduzem a capacidade de raciocínio e de tomada de decisões, dando ao indivíduo maior permissibilidade e menos receio de tomar atitudes inseguras, principalmente com relação à atividade sexual.
Além disso, os usos desse tipo de substâncias tornam uma pessoa mais propensa a ser coagida a participar de atividades sexuais, sem que tenha o seu consentimento pleno e consciente.
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