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A gripe digestiva, ou gastroenterite, resulta da infecção do tracto gastrointestinal por variados agentes patogénicos, que é seguida de uma inflamação que altera a função intestinal. Geralmente é causada por microrganismos pertencentes ao grupo dos vírus, podendo ser também desencadeada por bactérias ou parasitas.
Esta infeção pode ser bastante incómoda e debilitante, mas torna-se especialmente preocupante em crianças e recém nascidos.
Os sintomas podem variar dependendo do agente causal, sendo que este diagnóstico é feito aquando da diminuição de consistência das fezes (líquidas ou semilíquidas) e/ou aumento na frequência das dejecções para mais de 3 em 24 horas, com ou sem febre ou vómitos. Pode ocorrer também perda de apetite, febre, dores por todo o corpo ou cólicas.
Para além do desconforto, a maior preocupação relativamente à gastroenterite será o risco de desidratação.
Este risco será tanto maior quanto maior for o número e estado de liquefação das dejeções, e principalmente no caso de também haver vómitos.No entanto, a gastroenterite pode tornar-se particularmente perigosa para pessoas que sofram de doença de Chron, grávidas, idosos, no caso de encontrar sangue nas fezes ou quando há uma sintomatologia clara de desidratação. Por isso, nestes casos, o doente deverá ser rapidamente encaminhado para um médico.
A prioridade no tratamento da gastroenterite será sempre a reidratação, que poderá ser garantida através da água mineral, infusões, sumos de frutas ou sopas líquidas. No caso de haver náuseas ou vómitos, todos estes líquidos devem ser ingeridos de forma gradual mas regular, para que não haja rejeição. Poderá começar por ingerir uma colher de sopa de cada vez a cada 2-5 minutos, aumentado a frequência ou quantidade da toma conforme tolerar melhor.
Estão também disponíveis na farmácia soluções de reidratação que são constituídas por glicose e sais minerais. Estas têm também a função de hidratar o organismo, mas apenas são necessárias em idosos, recém nascidos, crianças até 5 anos e adultos que apresentem claros sinais de desidratação.
Deve evitar-se o uso de antidiarreicos tanto quanto possível, uma vez que a diarreia por si só é a forma mais eficaz de eliminar o seu agente patogénico, e poderá acelerar a cura. Além disso, estes fármacos que reduzem os movimentos peristálticos retêm o conteúdo intestinal, podendo provocar cólicas bastante intensas. Por isso, estes medicamentos deverão estar reservados para diarreias leves ou quando estas ocorrem dias de trabalho, ou outras situações em que não possa deslocar-se frequentemente à casa de banho.
Ao contrário do que se pensa, não há qualquer mal em ficar um dia sem comer. Deverá ingerir líquidos com frequência mas se não tiver apetite, forçar a alimentação sólida poderá ser contraproducente.
No caso de conseguir alimentar-se, deverá comer lentamente, mastigando com cuidado, e optar por alimentos leves, sem gordura, fibras ou especiarias.
Poderá confecionar alimentos como a batata, legumes, cenoura, arroz e massa cozendo-os em água com sal. Deverá evitar frutas com elevado conteúdo de fibra, como o kiwi ou a ameixa, e optar por frutas com capacidade obstipante, como a banana. Entre refeições, pode também alimentar-se de tostas e bolachas de água e sal, que embora sejam alimentos processados contêm pouca gordura. Já os derivados do leite deverão ser evitados, ainda que não sofra de qualquer intolerância, já que durante a infeção poderá haver alguma dificuldade em absorver e metabolizar a lactose, e isso poderá agravar as cólicas e má disposição.
Esta é uma infeção bastante comum na infância, sendo que as crianças até aos 3 anos desenvolvem em média 1 a 2 episódios por ano, que são mais frequentes entre os 6 e os 23 meses. Até aos 5 anos, estima-se que 40% dos casos de diarreia se devam ao Rotavírus, mas também ao Norovírus e Adenovírus. Já as bactérias são geralmente responsáveis por 20 a 30 % das infeções, sendo mais comuns a Salmonella, Campylobacter, E. coli ou Clostridium difficile.
Deverá sempre consultar um médico, uma vez que nas crianças é especialmente importante avaliar o grau de desidratação, bem como o número de dias de diarreia, presença de sangue, febre ou a existência de vómitos.
O tratamento passará fundamentalmente pela reidratação, oral sempre que possível, ou parenteral nos casos mais graves. Podem também ser recomendados probióticos, e antibióticos no caso de a diarreia se dever a determinadas bactérias.
Normalmente as gastroenterites são infeções contagiosas, e por isso a pessoa infetada deverá ter um cuidado especial no contacto com os outros e com a sua higiene.
Para isso, deverá:
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