Diferenças na forma como a clamídia afeta as mulheres e os homens

As probabilidades de contração de clamídia e de outras DSTs são mais altas em mulheres porque a superfície vaginal é maior e mais suscetível a ser infetada através de fluídos sexuais.

Em 2022, registaram-se 68 882 casos de clamídia em mulheres.

Em 2022, estatísticas Fonte confiável UK Government Services and Information Fonte Governamental Ir para a fonte demonstraram que em Inglaterra se registaram 68 882 casos de clamídia em mulheres comparado com 37 404 em homens.

Noutro estudo Fonte confiável BMJ Sexually Transmitted Infections Revistas com Revisão por Pares Ir para a fonte foi demonstrado que homens que têm relações sexuais com homens apresentam um risco acrescido de contraírem clamídia, sendo que a infeção pode ser transmitida através de sexo anal ou oral.

A clamídia é uma infeção silenciosa, porque, na maioria das vezes, não revela sintomas. No entanto, quando os sintomas se manifestam, os homens e as mulheres são afetados de formas diferentes.

A clamídia raramente desaparece por si só. Se não for tratada, pode provocar complicações tanto em homens como em mulheres.

Complicações da clamídia em mulheres

A bactéria da clamídia pode infetar o colo do útero (cervicite).

A bactéria também se pode propagar para o aparelho reprodutor, podendo afetar o útero, as trompas de falópio e os ovários. Esta condição é conhecida como Doença Inflamatória Pélvica (DIP) e pode provocar dores crónicas, gravidezes ectópicas e problemas de fertilidade, se não for tratada.

Ter clamídia durante a gravidez pode resultar em complicações para o bebé. A complicação mais comum em bebés é conjuntivite de inclusão (uma infeção nos olhos), mas a clamídia também pode provocar trabalho de parto e nascimento prematuros.

Complicações da clamídia em homens

Por vezes, a bactéria pode-se propagar para os testículos e para os canais que conduzem o esperma para os testículos. Quando isso acontece, desencadeia-se uma condição chamada epididimite.

A clamídia é também uma das causas mais frequentes de artrite reativa transmitida sexualmente. As mulheres também podem desenvolver artrite reativa, mas a condição é mais comum em homens.

A condição provoca inflamação nas articulações, olhos ou uretra. Apesar de a artrite reativa não ter cura, a maioria das pessoas melhora no espaço de alguns meses.

Se tiver sexo desprotegido ou sintomas fora do comum, deve fazer um teste às DSTs. Mesmo que não tenha sintomas, é aconselhável fazer um teste regularmente, se muda de parceiros sexuais frequentemente.

Pode realizar um teste de rastreio à clamídia numa clínica de saúde sexual. Em algumas zonas, é possível encomendar kits de teste que podem ser entregues ao domicílio.

Podem ser necessários testes diferentes para homens e mulheres, dependendo do seu historial sexual.

Homens e mulheres que têm relações sexuais com homens devem realizar um teste com zaragatoa, que terá como objetivo fazer um rastreio às bactérias na vagina, garganta ou ânus.

Os homens, e algumas mulheres, devem realizar um teste à urina.

Se o seu teste de rastreio à clamídia for positivo, ser-lhe-ão receitados antibióticos que deverá tomar por um curto período de tempo para tratar a infeção.

O tratamento para a infeção de clamídia é o mesmo para homens e mulheres.

O tratamento de primeira linha para a clamídia é cápsulas de Doxiciclina. A quem não puder tomar Doxiciclina, será oferecido o tratamento de segunda linha Azitromicina.

As mulheres grávidas não podem tomar Doxiciclina, porque o medicamento poderá prejudicar o bebé em crescimento. Normalmente, é-lhes oferecido Azitromicina. No entanto, é importante seguir as indicações do médico.

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