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Tipos de diabetes

O diabetes, clinicamente denominado diabetes mellitus, é conhecido popularmente como doença do açúcar, cujo principal sintoma é o aumento da glicose no sangue. O diabetes também é visto como um fluxo de mel em razão da detecção do cheiro doce expelido na urina, também em razão do excesso de glicose que, não sendo utilizado pelo organismo, é excretada pela urina.

Curiosamente, o diagnóstico de diabetes era feito através do sabor da urina, embora atualmente existam métodos menos desagradáveis, como a medição de uma gota do sangue.

O diabetes surge em diferentes formas no organismo, havendo quatro tipos da deficiência constatados pela medicina, que diferem essencialmente em seus gatilhos, embora a terapia seja praticamente a mesma para todos.

Como são classificados os tipos de diabetes

O diabetes mellitus é classificado em quatro diferentes tipos, sendo essa classificação feita a partir das causas que os originam. Na maior parte das vezes, o tipo mais comum é o diabetes tipo 2, principalmente nos países industrializados, que surgem em consequência do próprio estilo de vida ocidental, atribuindo-se o excesso de glicose ao consumo de alimentos processados e ingestão de calorias em excesso, além da vida sedentária, fazendo com que o diabetes se torne mais disseminada.

Diabetes tipo 1 e 2

Em todos os tipos de diabetes, no entanto, uma situação bastante comum é a hiperglicemia crônica, com níveis de açúcar no sangue elevados de forma persistente. A hiperglicemia é consequência do distúrbio do metabolismo de glicose, por falta de insulina ou por falha em sua secreção pelo pâncreas. A insulina é o hormônio responsável pela síntese do açúcar (ou glicose), que acaba não sendo aproveitada pelo organismo de forma normal.

O diabetes é uma doença bastante séria, provocando diversos danos ao organismo, principalmente nos rins, no coração, no cérebro e nas artérias periféricas, além de atacar os olhos, provocando cegueira em alguns casos não tratados com o devido cuidado.

Diabetes mellitus tipo 1: doença autoimune

O diabetes mellitus tipo 1 é uma doença predominante em jovens e adolescentes, ocorrendo principalmente a partir da infância. É um tipo de diabetes menos comum do que o tipo 2, sendo responsável por cerca de 4 a 5% de todos os casos de diabetes.

Um fator interessante do diabetes tipo 1 é a diferença apresentada em razão das diferenças geográficas. Assim, por exemplo, nos países escandinavos o diabetes tipo 1 ocorre com muito mais frequência do que em outros países de latitudes mais altas.

O diabetes tipo 1 era bastante conhecido como diabetes juvenil, em razão de sua manifestação precoce. Contudo, existe um subtipo, o diabetes autoimune latente, que surge em adultos, quando os mecanismos de formação da doença estão presentes no organismo, mas a doença propriamente dita só se manifesta em idade adulta.

Devido a essa situação, com a ocorrência tardia, o diabetes tipo 1 pode ser confundido com o diabetes tipo 2.

O diabetes tipo 1 é classificado em duas categorias: o tipo 1A é atribuído ao diabetes de causas imunológicas, enquanto que o tipo 1B não possui ainda uma causa conhecida.

O diabetes tipo 1A como doença autoimune

O diabetes tipo 1A é considerado uma doença autoimune. Ele ocorre a partir de determinados anticorpos presentes no sangue e que são os marcadores da doença. Esses anticorpos podem ser direcionados contra as células ICA (células dos ilhéus anticorpos), presentes no pâncreas, destruindo a insulina ali produzidas.

Além disso, as enzimas e proteínas de transporte de anticorpos também podem ser destruídas. O diabetes mellitus tipo 1A é provocado pela destruição dos anticorpos da descarboxilase do glutamato de células beta (na medicina, GAD65A), da tirosina fosfatase local (IA-2) e do transportador de zinco 8 (ZnT8).

É importante lembrar que o diabetes mellitus tipo 1A só surge no organismo quando há destruição de pelo menos 80% das células beta, produtoras de insulina no pâncreas.

Diabetes mellitus tipo 1B: o diabetes sem causa aparente

O diabetes tipo 1B é bastante raro na maior parte da população mundial. Trata-se de um diabetes sem nenhuma causa aparente, pelo menos detectada até agora pela medicina, de forma que não são encontrados os anticorpos responsáveis por seu desenvolvimento.

Esse tipo de doença sem causa aparente é denominado idiopática, quando se constata a destruição celular das células beta através de uma deficiência natural orgânica, resultando em ausência total de insulina. Em razão de casos frequentes desse tipo de diabetes em parentes, o diabetes tipo 1B idiopático parece envolver componentes genéticos.

Diabetes mellitus tipo 2: uma doença metabólica

O diabetes mellitus tipo 2 é mais conhecido como diabetes de adultos, aparecendo em pessoas no início da fase adulta e podendo ser mais grave na terceira idade.

O diabetes tipo 2 é consequência de alimentação excessiva e ingestão de calorias em excesso, além da vida sedentária, com pouca atividade física. Sua principal ocorrência é em países industrializados, já havendo casos de sua incidência na juventude e na infância.

Atualmente, no entanto, o maior número de diabéticos se encontra na população adulta e pessoas mais velhas. Deve-se observar que o risco de contrair diabetes é, em parte, hereditário, embora deva existir a presença de determinados genes para seu desenvolvimento.

O diabetes mellitus tipo 2 é uma doença que surge a partir da insuficiência de produção de insulina na quantidade necessária para a síntese da glicose, criando também uma redução da sensibilidade dos tecidos do organismo à própria insulina, fazendo com que a glicose não possa ser sintetizada e permaneça no organismo em níveis acima do necessário.

Com o decorrer da doença e com a falta de sensibilidade do organismo, o pâncreas produz maior quantidade de insulina, tentando compensar a falta de sensibilidade e, pela produção excessiva do hormônio, o pâncreas se exaure depois de determinado tempo, conseguindo produzir apenas quantidade insuficiente de insulina, não possibilitando a síntese da glicose e acarretando os sintomas do diabetes.

Diabetes mellitus tipo 3: um termo genérico para o diabetes

O diabetes mellitus tipo 3 é uma classificação genérica para as diversas formas de diabetes com mecanismos de formação diferente, sendo classificado em subtipos de A a H, conforme podemos resumir:

Diabetes mellitus tipo 3A: defeitos genéticos da função da célula beta

Esse subtipo de diabetes é decorrente de causas hereditárias, apresentando defeitos na função das células beta, como é o caso de diabetes juvenil que se manifesta apenas na idade adulta, ou diabetes herdado da mãe pelo feto, situação em que, geralmente, a criança já nasce com surdez.

Os cromossomas envolvidos no diabetes mellitus tipo 3A são os seguintes:

  • Cromossoma 12 HNF 1alfa (MODY3);
  • Cromossoma 7 glucoquinase (MODY2);
  • Cromossoma 20 HNF 4alfa (MODY1);
  • ADN mitocrondrial (MIDD, herdados maternalmente e gerando diabetes e surdez).

Diabetes mellitus tipo 3B: defeitos genéticos na ação da insulina

Da mesma forma que no tipo 3A, a principal causa do diabetes mellitus tipo 3B é um defeito genético. No entanto, o defeito genético não afeta a função das células beta, mas sim a ação da insulina, criando uma resistência genética à sua atuação ou reduzindo a sensibilidade do organismo a ela.

Os efeitos provocados pelo diabete tipo 3B são:

  • Sindrome de Hutchinson;
  • Syndrome de Rabson-Mendenhall;
  • Lipodistrofia tipo Berardinelli.

Diabetes mellitus tipo 3C: doenças do pâncreas exócrino

O pâncreas exócrino é assim chamado em razão de sua função de produção de enzimas para a digestão. A produção de hormônios, como é o caso da insulina, e de bicarbonatos, faz parte da função endócrina do pâncreas. Quando ele é danificado de alguma forma, sofrendo algum problema, a secreção de insulina é reduzida.

Os danos ao pâncreas podem ser graves, como inflamações e infecções, neoplasias (incluindo o câncer), exigindo, em alguns casos, sua extirpação. Os problemas que podem causar o diabetes mellitus tipo 3C podem ser os seguintes:

  • Pancreatite (inflamação do pâncreas);
  • Traumas;
  • Neoplasmas (neoplasia maligna ou benigna);
  • Fibrose cística;
  • Hemocromatose (problemas de armazenamento de ferro).

Diabetes mellitus tipo 3D: endocrinopatias

Doenças endócrinas são decorrentes da interrupção do sistema hormonal, criando problemas no equilíbrio de hormônios no organismo. A insulina não possui apenas a função de permitir que a ingestão de açúcar dentro das células seja facilitada, mas também interagem com outros hormônios, como é o caso do hormônio do crescimento.

Além disso, outros hormônios, como os glucocorticoides, que são liberados durante o estresse e fornecem açúcar para o sangue nos momentos necessários, também são afetados pela insulina.

Quando isso ocorre, criando desequilíbrio nos hormônios, o organismo passa por desordens de regulação do metabolismo de carboidratos, podendo ocorrer alguns sintomas, como, por exemplo:

  • Acromegalia;
  • Síndrome de Cushing (quando ocorre excess de cortisol);
  • Glucagonoma;
  • Feocromocitoma;
  • Hipertireoidismo (problemas na tireoide);
  • Somatostatinoma;
  • Aldosteronoma (hiperaldostenorismo primário);

Diabetes mellitus tipo 3E: toxicidade induzida por drogas

Algumas toxinas e medicamentos podem desencadear um tipo de diabetes mellitus do tipo 3, classificado como E, através de diversos mecanismos, que podem incluir hormônios como glucocorticoides e hormônios da tireoide. As principais substâncias que podem provocar esse tipo de diabetes são as seguintes:

  • Veneno para ratos (Vacor);
  • Pentamidina;
  • Niacin;
  • Glicocorticoides;
  • Hormônios da tireoide;
  • Diazoxide;
  • Agonistas beta-adrenérgicos;
  • Diuréticos;
  • Dilantin;
  • Alfa-interferon.

Diabetes mellitus tipo 3F: infecções

Em determinados tipos de infecções também pode haver a ocorrência de diabetes mellitus, nesse caso classificada como tipo 3Q. Um dos mecanismos causadores possíveis é a semelhança de proteínas do patógeno com as proteínas das células beta e, como resultado, os anticorpos são formados para lutar contra o ajuste do patógeno nas estruturas destruídas no organismo pela infecção.

São exemplos de infecções que provocam o diabetes mellitus tipo 3F:

  • Rubéola congênita;
  • Citomegalovírus (CMV).

Diabetes mellitus tipo 3G: formas imunologicamente relacionadas raras

O subtipo 3G de diabetes é semelhante ao subtipo A, embora as síndromes apresentadas sejam menos comuns. Um dos exemplos é a síndrome de Stiff-man, que provoca rigidez muscular, seja espontaneamente ou em casos de câncer, como algumas formas de câncer de pulmão e da mama, ou mesmo associada a outras doenças autoimunes, como vitiligo e doenças da tireoide.

Nesses casos, os anticorpos são direcionados para a síndrome Stiff-man em 60 a 90% dos casos contra a descarboxilase do glutamato que, por sua vez, vai provocar a destruição das células beta.

Diabetes mellitus tipo 3H: outros tipos, associados com a síndrome do diabetes

Na classificação de diabetes mellitus tipo 3H são incluídos outros casos de diabetes sem diagnóstico possível, podendo ser provocados por anomalias cromossômicas ou doenças de expansão tripa, como por exemplo:

  • Síndrome de Down (trissomia 21);
  • Síndrome de Klinefelter;
  • Síndrome de Turner;
  • Síndrome de Wolfram;
  • Ataxia de Friedreich;
  • Doença de Huntington;
  • Síndrome de Lawrence-Lua-Biedel;
  • Distrofia miotônica;
  • Porfiria;
  • Prader-Willi Labhart.

Diabetes mellitus tipo 4: diabetes gestacional

O diabetes, quando ocorre durante a gravidez, é chamado de diabetes gestacional, sendo classificado como diabetes mellitus tipo 4.

O diabetes gestacional é provocado por mudanças hormonais e pode ser temporário, desaparecendo após a gravidez. Contudo, também pode provocar um aumento no risco de continuidade, continuando como diabetes do tipo 2.

Além disso, o diabetes tipo 4 acarreta um considerável risco de má formação fetal, podendo provocar malformações congênitas e aumentar na mãe o risco de aborto.

Como diagnosticar o diabetes

Basicamente existem 4 possibilidades de diagnosticar o diabetes:

  • Níveis de glicose no sangue ocasionais acima de 200 mg/dl;
  • Glucose em jejum acima de 126 mg/dl;
  • Valor de 2 horas de teste de tolerância à glicose por via oral de mais de 200 mg/dl;
  • HBA1C com valor acima de 6,5%.

"O diagnóstico deve ser feito a partir de determinados sintomas, que são típicos para o diabetes e que podem se manifestar a qualquer momento, como micção frequente (poliúria), sede extrema e perda de peso sem causas definidas."

O indivíduo, no entanto, pode apresentar esporadicamente excesso de açúcar no sangue sem que seja diagnosticado o diabetes mellitus, embora os sintomas e a quantidade de sangue acima de 200 mg/dl sejam suficientes para determinar a presença da doença no organismo.

Para determinar o nível de glucose no plasma, o paciente deve estar em jejum pelo menos oito horas antes da medição, não devendo tomar bebidas cafeinadas ou ingerir açúcar. Valores superiores a 126 mg/dl já caracterizam o diabetes, enquanto que os valores entre 100 e 125 mg/dl são considerados como glucose em jejum deficiente, havendo a necessidade de controle para não provocar a doença.

Um diagnóstico alternativo pode ser feito com a medição do valor de HBA1C. Valores inferiores a 5,7% determinam a não existência de diabetes, enquanto que valores acima de 6,5% diagnosticam a presença da doença.

Os valores intermediários são aqueles que determinam controle do paciente.

O controle de glucose no sangue em jejum também pode ser feito com o teste de tolerância à glucose oral. Contudo, esse tipo de exame é raramente usado, uma vez que existem métodos de baixo custo e com economia de tempo.

O teste de tolerância oral à glicose proporciona clareza. No entanto, antes de fazer esse teste de tolerância à glicose por via oral, o paciente deve permanecer entre 10 a 16 horas em jejum e, durante esse tempo, não pode sequer fumar.

O teste é feito com a medição do açúcar no sangue em jejum e, em seguida, 75g de açúcar é dissolvido em 250 a 300 ml de água potável, sendo ingerido pelo paciente e medido novamente no prazo de 5 minutos. Depois de duas horas é feita nova medição, devendo o paciente permanecer em completo repouso, já que qualquer atividade física pode queimar energia e distorcer o valor.

Caso a medição após duas horas apresentar mais de 200 mg/dl de açúcar, o paciente é portador de diabetes. Se o valor for inferior a 140 mg/dl, o paciente não possui a doença. Valores a partir de 140 até 199 mg/dl indicam uma tolerância à glucose oral insuficiente, resultando em risco para o diabetes. Esse risco pode ser reduzido com a adaptação do estilo de vida e tratamento de outros fatores de risco.

O controle por determinação de HBA1C deve ser feito por um ano, de forma geral, se não houver qualquer tipo de anormalidade presente. É preciso destacar que, para a medição através de um método laboratorial controlado, os dispositivos de automedição por parte do paciente se tornam inadequados.

Diabetes mellitus: triagem a partir dos 45 anos

Os exames de controle e triagem para diabetes mellitus devem ser feitos por todas as pessoas com idade acima de 45 anos. Os exames podem ser feitos, normalmente, de 3 em 3 anos, não havendo qualquer indício da doença.

Em determinados grupos de risco, esse controle deve ser feito antes de 45 anos, incluindo pessoas com IMC superior a 27 kg/m, com pressão sanguínea elevada (acima de 190/90 mmHg), com desordem de lipídeos no sangue, com colesterol HDL acima de 35 mg/dl ou triglicérides acima de 250 mg/dl, além de parentes de primeiro grau (pais e irmãos) portadores de diabetes mellitus.

Além disso, mulheres que tiveram diabetes gestacional ou que tiveram um bebê com peso de mais de 4,5 kg (dependendo, em determinados casos, acima de 4 kg), também devem passar por exames periódicos para a triagem do diabetes. Se, por acaso, uma investigação anterior tenha mostrado tolerância à glicose reduzida ou glicemia de jejum anormal, é recomendado se repetir o teste dentro do período determinado pelo médico.

Quais os sintomas que indicam o diabetes mellitus tipo 1?

O diabetes mellitus tipo 1 pode ocorrer repentinamente. O adolescente ou a criança pode começar a sentir muita sede, ir demasiadas vezes ao banheiro e começar a perder peso. Pode ocorrer perda de concentração e, ocasionalmente, sentir perturbações visuais, que ocorrem em razão do inchaço e de alterações na lente ocular provocadas pelos altos níveis de açúcar no sangue, resultando na alteração do poder de refração ocular.

Como o diabetes mellitus tipo 2 apresenta sintomas?

O diabetes do tipo 2 é geralmente insidioso e, portanto, pode passar despercebido enquanto se desenvolve. Os sintomas são normalmente menos pronunciados, devendo-se medir a quantidade de açúcar no sangue em grupos de risco, como no caso de obesos, a partir da idade de 45 anos.

Ocorrência do diabetes mellitus tipo 3: grupo especial

O diabetes mellitus tipo 3, em razão de maior diversidade de grupos de risco, pode apresentar diferentes sintomas. Os subtipos A, B, G e F podem ter sintomas semelhantes ao diabetes tipo 1 em suas primeiras manifestações, enquanto que, para outros subtipos, deve ser considerado um teste através de recomendação médica, diante do contexto apresentado para o seu grupo de risco.

Como o diabetes gestacional é reconhecido?

Em razão das consequências mais drásticas que podem causar o diabetes gestacional, como a presença do feto no organismo da mãe, o diabetes deve ser rotineiramente monitorizado durante os exames pré-natais. Os sintomas são muitas vezes ausentes, o que leva a recomendar a implementação de um teste de tolerância à glucose oral no prazo de 24 a 28 semanas de gestação em todas as mulheres grávidas.

Em pacientes com fatores de risco, que determinam a glicemia em jejum, os exames devem ser feitos antes da 24ª semana de gestação.

Diferenças no tratamento dos tipos de diabetes

Para cada tipo de diabetes mellitus é necessário um tratamento diferenciado. Contudo, os componentes da terapia são os mesmos para todos os tipos de diabetes, sendo composto de aconselhamento nutricional, treinamento, apoio psicossocial e terapia medicamentosa.

Um tratamento de diabetes sem considerar o aconselhamento nutricional não é uma boa terapia. As recomendações para a composição da dieta para um diabético deve acompanhar a dieta saudável, com 50 a 55% das necessidades de consumo de carboidratos, 30% de gordura e 15% de proteínas.

A automedição regular dos níveis de açúcar no sangue deve acompanhar o diabético para sempre. É preciso destacar que o álcool, os esportes, as doenças e determinados medicamentos, como corticosteroides, além da gravidez, afetam os níveis de açúcar no sangue. Portanto, os níveis devem ser medidos com maior frequência do que habitualmente nessas circunstâncias. O mesmo método deve ser aplicado durante viagens, principalmente quando o diabético estiver dirigindo.

Em razão das potenciais complicações do diabetes ao longo do tempo, é necessário incluir controles sobre alguns sistemas do organismo, como, por exemplo, a função renal, analisando a taxa de filtração glomerular e albumina-creatinina em suas proporções na urina; os lipídeos no sangue, como colesterol, colesterol LDL, colesterol HDL e triglicérides), além de realizar pelo menos uma vez por ano uma consulta oftalmológica.

Os ensaios para a neuropatia diabética devem ser orientados pelo médico, devendo também o diabético consultar regularmente um neurologista. Além disso, periodicamente, de acordo com a recomendação médica, deve ser feito um ECG em repouso, verificando também com frequência a pressão sanguínea.

A terapia com insulina em diabetes mellitus tipo 1

O tratamento do diabetes tipo 1 deve ser feito ao longo de toda a vida, verificando a necessidade de insulina e o valor medido de HBA1C, que podem mudar no decorrer do tempo. O valor de referência para o HBA1C é inferior a 7,5%, desde que não haja hipoglicemia. A terapia sem insulina não é possível, mas existem dois métodos disponíveis, que podem ser recomendados pelo médico.

A terapia intensiva de insulina é recomendada. Essa terapia consiste em uma insulina basal de ação prolongada e uma insulina de ação rápida. A insulina basal é aplicada uma ou duas vezes por dia, dependendo da preparação do medicamento. A insulina de ação curta deve ser injetada antes das refeições, com um intervalo mínimo determinado pelo médico antes das refeições. O cálculo de insulina a ser injetado é informado no medicamento, bem como nas seringas de correção.

Um tratamento secundário com insulina é a terapia convencional, na qual é indicada uma insulina basal e uma insulina de curta duração, que deve ser injetada. A quantidade de carboidratos em cada refeição também deve ser definida pelo médico.

O esquema é destinado, principalmente, para pessoas diabéticas que não podem lidar com a terapia de insulina intensiva, devido a fatores como limitações mentais, doenças adicionais ou velhice.

A terapia convencional de insulina pode ser realizada a pedido do paciente.

Em crianças pequenas ou em pessoas que, muitas vezes, mantém uma rotina irregular diária, pode ser indicado o uso de uma bomba de insulina. Da mesma forma, uma bomba pode ser indicada para melhorar a qualidade de vida em casos de hipoglicemia recorrente, ou em gravidez planejada para mulheres diabéticas, que deve ser iniciada antes da fecundação.

A terapia em passos do diabetes mellitus tipo 2

O tratamento do diabetes tipo 2 deve ser feito em etapas. Cada etapa deve ser seriamente seguida ao longo de 3 a 6 meses antes de passar para o próximo nível, dependendo da situação do paciente.

O objetivo a ser perseguido pelo diabetes é um valor de HBA1C entre 6,5% e 7,5%. No início, o paciente deve passar por uma mudança no estilo de vida, alterações na dieta, normalização do peso e atividades físicas constantes, promovendo esta última em primeiro lugar.

"O tratamento pode oferecer resultados aceitáveis, começando com uma terapia medicamentosa, usando antidiabéticos orais. É preciso, no entanto, conversar com o seu médico antes de optar por qualquer tratamento para ter certeza o que é mais acessível para o seu caso."

Nesta fase da terapia do diabetes mellitus tipo 2 pode haver uma combinação de dois agentes orais, com uma preparação combinada. No caso de combinação insuficiente, a injeção de insulina deve ser utilizada. Para o tratamento de diabéticos tipo 2 durante a gravidez, o tratamento é o mesmo que do tipo 4.

Os sintomas determinam o tratamento do diabetes tipo 3

No diabetes do tipo 3, o tratamento deve ser definido a partir dos sintomas e da gravidade da doença, bem como de doenças primárias e secundárias presentes que tenham provocado o diabetes.

Na maior parte dos casos, é necessário fazer uso da insulina.

Contudo, em alguns casos específicos, é necessário tomar algumas precauções para o tratamento do diabetes gestacional.

Mulheres grávidas não podem tomar antidiabéticos orais e, quando a dieta não consegue os resultados desejados, é necessário começar um tratamento com o uso de insulina injetável. É preciso destacar que, na gravidez, ocorre mais frequentemente baixos níveis de glicose no sangue e menores níveis de HBA1C do que em mulheres não grávidas.

O valor médio de açúcar no sangue deve ser entre 85 e 105 mg/dl. Para o valor de HBA1C, que devem ser os mesmos valores de referência de uma pessoa saudável, a medição deve ser feita a cada 4 a 6 semanas.

A razão para esse controle rigoroso são os cuidados com malformações fetais. Contudo, não se verificou ainda a incidência de trissomia 21, que podem provocar a síndrome de Down. O feto de uma mulher grávida com diabetes gestacional, entre outras coisas, pode ter um aumento no risco de defeitos no tubo neural e problemas cardíacos.

A profilaxia de ácido fólico é recomendado para todos, principalmente para mulheres com diabetes. Contudo, essa profilaxia só é eficaz com a mulher começa a ingerir ácido fólico pelo menos quatro semanas antes do início da gravidez, quando ainda não se apresenta um caso de diabetes gestacional.

Em razão disso, é importante que a mulher com fatores de risco, como no caso de diabetes gestacional anterior ou com IMC maior que 27 kb/m, deve começar antes a profilaxia de ácido fólico.

Nos exames pré-natais, a mulher deve passar por ultrassonografia ainda no primeiro trimestre, procurando detectar os brotos dos membros do feto. Também é importante verificar a presença de hidropisia generalizada ou de massas císticas no abdômen.

As mulheres afetadas por diabetes tipo 4 devem estar conscientes de que suas necessidades de insulina podem mudar drasticamente após o nascimento do bebê e que, possivelmente, não seja mais necessária. Para evitar a hipoglicemia, os níveis de glicose no sangue devem se monitorizados regularmente após o parto.

A cetoacidose diabética é uma emergência

A cetoacidose diabética pode ser a primeira manifestação de diabetes mellitus e o paciente deve ter atenção com relação a isso. A cetoacidose é definida por um nível de glucose no sangue em níveis superiores a 250 mg/dl, com o surgimento de cetonúria (corpos cetônicos na urina) ou cetose (corpos cetônicos no sangue), com um pH do sangue abaixo de 7,35 (arterial) e 7,3 (venoso), e bicarbonato de soro abaixo de 15 mmol/l.

"A cetoacidose é uma acidificação do corpo em virtude da presença de corpos cetônicos ácidos. O corpo produz cetonas, caso essa necessidade não possa ser coberta pelo açúcar para sua suplementação energética."

Quando ocorre a cetoacidose diabética, o nível de glicose no sangue, embora com níveis de 250 mg/dl, é muito alto e, devido à falta de insulina, o sangue não consegue penetrar nas células, de forma que, embora em abundância, o organismo sente falta de energia.

Para compensar essa situação, os ácidos gordos e os corpos cetônicos são criados no organismo e se acumulam no sangue, fazendo com que o sangue se torne cada vez mais ácido, deslocando, dessa forma, os sais e gases, criando uma situação orgânica que pode ser fatal para o paciente.

É importante alertar o médico em situações de emergência, podendo manter os níveis orgânicos estáveis em situações como essa. Sob condições estacionárias, os sais de fluidos e de sangue são compensados. A insulina é usada apenas em uma dose baixa, uma vez que sua administração em dose elevada e de forma rápida, poderia resultar num deslocamento do potássio do sangue, oferecendo risco de morte para o paciente.

Nessa condição, os cuidados de emergência podem ser feitos com administração de potássio ao paciente, criando um equilíbrio orgânico e trazendo o paciente à normalidade.

Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica

A síndrome hiperosmolar hiperglicêmica é semelhante à cetoacidose diabética. Contudo, neste caso, não ocorre o aumento de corpos cetônicos, seja no sangue ou na urina.

O nível de açúcar no sangue pode chegar a valores superiores a 600 mg/dl, resultando numa hiperosmolaridade, ou seja, isto significa que demasiadas partículas estão contidas no sangue, o que indica que a água é aspirada para dentro do sangue pelo excesso de açúcar. Essa água é proveniente das células que, desta forma, ficam danificadas.

O tratamento da síndrome hiperosmolar hiperglicêmica pode ser comparado ao da cetoacidose diabética. No entanto, o equilíbrio de hidratação é muito mais lento, devendo a administração de insulina ser realizada com doses significativamente mais baixas.

A hipoglicemia é uma emergência potencial

A hipoglicemia, quando há níveis baixos de açúcar no sangue, torna-se uma emergência potencial. Se não for tratada imediatamente, pode provocar convulsões, coma e morte. Cada diabético deve ser capaz de reconhecer os sintomas de taxas baixas de açúcar no sangue, tais como tremores e fraqueza, verificando os níveis imediatamente.

A insulina humana

Em casos de hipoglicemia leve, o diabético pode se tratar, principalmente com a alimentação, ingerindo pelo menos 20 g de carboidratos. Depois de 15 minutos, o valor do açúcar no sangue deve ser verificado novamente e, se estiver entre 50 e 60 mg/dl, o diabético deve ingerir pelo menos mais 20 g de glucose.

Em casos mais graves, quando acompanhados de perda de consciência, o paciente deve ser tratado com a injeção de 1 mg de Glucagon no músculo ou sob a pele, entrando em contado com o serviço médico de emergência e informando o tratamento dado ao paciente. Em casos de hipoglicemia, os familiares devem ser informados sobre a forma de tratamento emergencial.

Texto Revisado médicamente por
Dr. Ranjan Pruthi MBBS/MS/MRCS Ed/MRCG Escrito por nossa equipa editorial
Última atualização 27-07-2022
Diabetes

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