Addyi

O Addyi permite às mulheres aumentar o desejo sexual, estando indicado no tratamento da disfunção sexual feminina. Ao contrário de outros tratamentos aprovados no passado e entretanto removidos do mercado, o Addyi está indicado para mulheres que sofram de baixa libido e que ainda não tenham atingido a menopausa.

Anteriormente, as mulheres pós-menopáusicas ou que por qualquer motivo de saúde se tenham sido submetido a uma histerectomia, eram o principal alvo dos tratamentos para a disfunção sexual feminina. Porém, a grande procura de tratamento por parte de mulheres que não se encaixam nesta categoria, motivou a pesquisa e síntese de um tratamento que abrangesse todo o universo feminino no que diz respeito ao aumento do desejo sexual.

O Addyi, frequentemente apelidado de "comprimido cor-de-rosa" em comparação com o seu homólogo Viagra de cor azul, para o tratamento da disfunção erétil nos homens, não funciona da mesma forma que este ou outro tratamento indicado para a disfunção sexual nos homens.

Ao contrário deste tipo de tratamentos, que visam o aumento da circulação sanguínea para aumentar o aporte de sangue para o pénis, permitindo a ereção, o Addyi é um tratamento não hormonal inicialmente desenvolvido como um antidepressivo que atua ao nível do cérebro, de forma semelhante à dopamina e à serotonina, pelo que se classifica como um agonista antagonista multifuncional da serotoinina.

O Addyi regula assim as várias substâncias químicas no cérebro responsáveis pelo desejo sexual, corrigindo os desequilíbrios de dopamina e noroepinefrina, ao mesmo tempo que diminui os níveis de serotonina, responsáveis pela inibição sexual.

O Addyi apresenta-se em comprimidos de 100mg para o tratamento da disfunção sexual feminina. Até agora não lhe são conhecidas outras doses, pelo que a dose de 100mg permite atingir os efeitos desejados com um baixo risco de efeitos secundários.

Os efeitos do Addyi a nível da baixa libido nas mulheres são obtidos pela toma de um comprimido de 100mg todos os dias antes de deitar. Ao contrário dos tratamentos usados nas disfunções masculinas, o Addyi não é tomado consoante a necessidade, pelo que a concentração de flibanserina se deve manter constante no organismo para que sejam obtidos os efeitos desejados.

O Addyi foi inicialmente sintetizado pela empresa farmacêutica Boehringer Ingelheim que descontinuou o desenvolvimento da flibanserina em Outubro de 2010. Contudo, devido ao seu grande potencial no tratamento da disfunção sexual feminina, a farmacêutica Sprout continuou o seu desenvolvimento, melhorando o medicamento ao ponto de reduzir os seus principais efeitos secundários.

Os efeitos secundários mais comuns incluem tonturas, náuseas, sonolência e risco de desmaio, particularmente quando o medicamento é combinado com álcool.

Para reduzir o risco de efeitos secundários, nomeadamente o risco de desmaio, sonolência e sedação, recomenda-se que o Addyi seja tomado tal como indicado e sempre à hora de deitar. O Addyi está contraindicado com o uso concomitante de álcool, em pacientes com insuficiência renal e em pacientes a tomar inibidores do CYP3A4 sob pena de agravar os efeitos secundários acima descritos, bem como não está indicado para melhorar a performance sexual, nem para uso em mulheres pós-menopáusicas ou em homens.

O Addyi foi testado em mais de 11.000 mulheres com efeitos comprovados ao nível do aumento do desejo sexual, na redução do stress devido à diminuição de desejo sexual e no aumento do número de eventos sexuais satisfatórios.

Ainda não é possível comprar Addyi na euroClinix uma vez que o medicamento ainda não foi aprovado na Europa pela EMA (Agência Europeia do Medicamento). Contudo, espera-se a sua aprovação para breve, permitindo a milhares de mulheres beneficiar dos efeitos do Addyi ao nível da sua libido e desejo sexual.

A aprovação nos Estados Unidos da América foi conseguida em Agosto de 2015, pelo que se espera que a sua comercialização ao público seja iniciada em Outubro de 2015.